Vai decorrer no próximo dia 17 de outubro, pelas 15h00, o lançamento da ‘Agenda para o Impacto 2030’, na Fundação Calouste Gulbenkian, com a participação da Ministra da Coesão Territorial, da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional e do Secretário de Estado do Planeamento.

A Agenda para o Impacto 2030 reflete a visão do Ecossistema da Inovação Social em Portugal e propõe uma orientação estratégica, composta por cinco objetivos e 14 recomendações, focada em fomentar respostas inovadoras para desafios sociais prementes.

Esta Agenda é o resultado do trabalho do Conselho Consultivo do Centro Nacional de Competências para a Inovação Social, que em Portugal é representado pela AD&C – Agência para o Desenvolvimento e Coesão e pela EMPIS – Estrutura de Missão Portugal Inovação Social.

Os seus principais objetivos são:

    1. Reforçar a EMPIS enquanto entidade de referência da inovação social em Portugal;
    2. Promoção do empreendedorismo de impacto atingindo um número de 750 entidades promotoras de Iniciativa de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES) em Portugal;
    3. Lançar três iniciativas regulatórias que promovam o crescimento da inovação social em Portugal;
    4. Mobilizar 150 milhões de euros para contratualização e financiamento por resultados;
    5. Duplicar o número de investidores e o montante investido em inovação social em Portugal, atingindo 1.700 investidores e 200 milhões de euros, respetivamente.

Este trabalho foi levado a cabo no âmbito do consórcio europeu que Portugal integra, juntamente com Irlanda, Bulgária e Chipre, com o objetivo de criar “Centros Nacionais de Competências para a Inovação Social” em cada um dos 24 países envolvidos nos seis consórcios europeus, apoiados pela Comissão Europeia.

A representação portuguesa neste consórcio é assegurada pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C) e pela Estrutura de Missão Portugal Inovação Social (EMPIS), apoiado por um Conselho Consultivo composto por cerca de 40 entidades do ecossistema de inovação e investimento de impacto em Portugal, dos setores público, social e privado, sob a coordenação da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), dada a sua experiência e liderança em Portugal nesta área temática.

A reforçar esta aposta nacional na Inovação Social, está a recente criação do ponto focal nacional do fundo europeu EaSI (Emprego e Inovação Social), liderado pela parceria AD&C e EMPIS, com o objetivo de divulgar e promover as oportunidades de financiamento desta vertente do Programa FSE +.

De recordar ainda que Portugal teve um papel pioneiro no seio da União Europeia ao criar, em 2014, a primeira iniciativa pública com o propósito de promover a inovação social e dinamizar o mercado de investimento social em Portugal, mobilizando 150 milhões de euros do Fundo Social Europeu para financiar projetos inovadores que propusessem novas formas de responder aos mais diversos e complexos desafios sociais da atualidade.

Desde 2014, a Portugal Inovação Social, coordenada pela Estrutura de Missão Portugal Inovação Social (EMPIS), já aprovou 693 projetos experimentais de inovação social, através de três instrumentos de financiamento e um instrumento financeiro, representando 148 milhões de euros de financiamento do Portugal 2020, onde se inclui 49 milhões de euros de investimento social mobilizado junto de entidades nacionais, privadas e públicas, nomeadamente fundações, empresas e municípios.

A Inovação Social enquanto instrumento estratégico para o desenvolvimento de políticas públicas e promoção da coesão social tem sido uma aposta forte da Comissão Europeia, reconhecendo o seu papel na mitigação e resolução de desafios sociais e ambientais, bem como a criação de impacto positivo junto dos segmentos mais vulneráveis das populações.

Em Portugal, o conjunto das iniciativas já desenvolvidas consolidam a capacidade para tornar Portugal numa referência internacional, enquanto hub europeu para a inovação social, onde empreendedores de impacto, investidores, entidades do setor público, trabalham em parceria para testar projetos inovadores ao nível local e nacional que possam vir a tornar-se soluções globais.

Este potencial é exponenciado pela experiência, infraestruturas e recursos nacionais já existentes para a área da inovação social, que constituem um poderoso instrumento para a reconstrução social e económica pós-pandémica e uma das mais decisivas oportunidades de desenvolvimento social e económico do país, colocando Portugal e a Europa no caminho de uma recuperação mais sustentável, inclusiva e resiliente nos próximos anos.

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Fonte: Empis